Postado por Lígia Silvestre em 27 de fevereiro de 2025

Impacto do Assédio Moral na Produtividade: Até quando você vai fechar os olhos para o problema?

Se você ainda acredita que o assédio moral no ambiente de trabalho é apenas um exagero ou uma “modinha”, é hora de encarar os fatos. O impacto desse problema vai muito além do emocional do colaborador — ele compromete a produtividade, afeta o clima organizacional e mina a competitividade da empresa.

Estudos demonstram que um profissional que sofre assédio moral pode ter sua produtividade reduzida em até 40%. Como se isso não bastasse, a permanência média desses colaboradores na empresa é de apenas 23 meses antes de pedirem demissão. Isso significa que, além de perder desempenho no curto prazo, a empresa também sofre com a constante rotatividade de talentos, arcando com os custos financeiros e estratégicos da reposição de mão de obra.

Agora, cabe uma reflexão para quem ocupa posições de liderança: até quando você vai tolerar perder produtividade e talentos valiosos por fechar os olhos para um problema real?


Assédio Moral: O Efeito Cascata na Produtividade

Assédio moral não é apenas uma questão de desconforto individual. Ele gera um efeito cascata que se espalha por toda a organização.
Imagine um profissional que, diariamente, enfrenta humilhações, cobranças desproporcionais, isolamento forçado ou desvalorização de seu trabalho. O impacto emocional desse cenário se traduz diretamente em seu desempenho e na forma como ele se relaciona com a equipe e com a empres. A consequência?


  • Redução drástica de performance – A queda de 40% na produtividade significa que uma equipe que deveria entregar 100% de sua capacidade operacional está, na prática, funcionando com menos da metade do seu potencial.
  • Aumento do absenteísmo – Estresse, ansiedade e problemas de saúde associados ao assédio moral levam a um maior número de afastamentos e licenças médicas, comprometendo prazos e entregas.
  • Clima organizacional tóxico – O medo e a insegurança se espalham pela equipe, gerando um ambiente de trabalho hostil onde ninguém se sente confortável para inovar ou colaborar de forma espontânea.
  • Turnover elevado – O profissional que sofre assédio moral, ao perceber que sua situação não será resolvida, pede demissão em média após 23 meses. Isso não apenas gera custos com recrutamento e treinamento, mas também compromete a continuidade dos projetos e o crescimento da empresa.
  • Danos à reputação da empresa – Em um mundo onde a transparência e o employer branding são fundamentais, organizações que toleram o assédio moral correm o risco de serem mal avaliadas em plataformas como Glassdoor e LinkedIn, afastando talentos e até clientes.


Agora, pense nos impactos financeiros dessa situação. Quanto custa perder 40% da produtividade de um colaborador? Quantos ciclos de recrutamento poderiam ser evitados se a empresa oferecesse um ambiente saudável? E, principalmente, quanto a sua empresa está disposta a perder antes de agir?


O Papel das Lideranças: Escolher a Inércia ou a Transformação?

A pergunta que precisa ser feita não é se o assédio moral acontece na sua empresa, mas sim como a liderança tem reagido às denúncias. Se há sinais de assédio moral e as lideranças escolhem ignorá-los, elas estão, conscientemente, aceitando os impactos negativos no desempenho da empresa. E, pior, estão demonstrando que não valorizam seus talentos, o que apenas acelera o ciclo de demissões e reforça a imagem de um ambiente tóxico.

Por outro lado, empresas que reconhecem a gravidade do problema e tomam medidas para combatê-lo colhem benefícios diretos, como:


  • Aumento da produtividade e da inovação
  • Maior engajamento e retenção de talentos
  • Melhoria na reputação e no clima organizacional
  • Redução de custos com turnover e afastamentos
  • Fortalecimento da marca empregadora e competitividade no mercado


A solução passa por políticas claras, canais de denúncia seguros e, principalmente, um compromisso real da alta liderança em combater o assédio moral.


A Decisão é Sua: Continuar Perdendo ou Mudar?

Se você ocupa uma posição de liderança, a decisão está em suas mãos. Você pode continuar ignorando o problema, deixando a produtividade cair, permitindo que seus melhores profissionais abandonem a empresa e assumindo os riscos financeiros e jurídicos da omissão ou adotar uma postura firme contra o assédio moral, construindo uma cultura organizacional saudável, retendo talentos e garantindo que sua empresa opere em seu máximo potencial.


O mercado já não tolera ambientes tóxicos. Profissionais qualificados buscam empresas que realmente valorizam sua equipe e oferecem condições dignas de trabalho.


A questão não é se você deve agir. A questão é: até quando você vai adiar essa decisão?

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